POLÍTICA
20/04/2024 às 09:44 por Ricardo Bolson


Corazza defende redução de CCs e investimento em programas sociais

Corazza defende redução de CCs e investimento em programas sociais

A menos de seis meses para as eleições de 2024, o Grupo Sepé intensifica sua cobertura sobre o pleito municipal que elegerá prefeito, vice-prefeito e os 15 vereadores que estarão à frente dos poderes públicos de Santo Ângelo até 2028. Através do programa Panorama Debates, da Rádio Sepé, serão ouvidos os pré-candidatos a prefeito da capital missioneira.

O primeiro convidado da série foi o atual vereador pelo PT, Gilberto Corazza. Em mais de uma hora de conversa, o pré-candidato discorreu sobre suas propostas para o município, sempre como o enfoque social de gerar melhoria na qualidade de vida das populações menos favorecidas do município. Essa diretriz, inclusive, deve balizar a busca de alianças pelo partido. “A orientação do PT é a de buscarmos sempre a formação de uma frente ampla, tendo apoio dos partidos democráticos, aqueles partidos de centro que estão na base do governo Lula. Muitos partidos estão nessa base, diria que a maioria”, citou Corazza.

Sendo mais específico, o pré-candidato afirmou que já dialogou com o vereador João Cardoso, que responde pelo União Brasil, e também tem simpatia pelo ex-prefeito José Lima Gonçalves, do Republicanos.

Indagado sobre a possibilidade de desistir de sua candidatura para uma aliança com o PDT, devido à similaridade ideológica das siglas no contexto local, Corazza foi enfático.

“Temos uma relação de diálogo com o PDT, com o prefeito Jacques. Não conversamos formalmente sobre as eleições, mas temos, sim, esse interesse. O PT estará na majoritária, a prefeito ou a vice, isso é algo que está garantido”, afirmou.

Desde o início do ano, o PT instituiu 13 grupos de trabalho em diferentes segmentos para compor o plano de governo do partido para as eleições municipais. Sobre desenvolvimento econômico, um dos temas que deve dominar a campanha eleitoral deste ano, o pré-candidato afirmou que a captação de recursos externos para investimentos será uma de suas alternativas.

“A questão fundamental é termos uma Secretaria de Planejamento que seja muito mais proativa. Vou fazer uma reformulação nesta pasta, para que ela seja um centro de captação de recursos nacionais e internacionais”, disse, citando exemplos. “O município de Dezesseis de Novembro conseguiu, neste ano, cadastrar a construção de 160 moradias populares pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. Santo Ângelo não cadastrou nenhuma unidade habitacional, e isso passa pelo fato de não termos mais a estrutura da Secretaria de Habitação. No primeiro dia de governo, se eleito, vou recriar essa pasta”, completou.

Gasto com funcionalismo

Na entrevista à Rádio Sepé, o pré-candidato Corazza também falou sobre o gasto público com salários, encargos e, principalmente, a previdência dos servidores públicos municipais. Com o que chamou de ‘bomba-relógio’ do Fundo de Previdência (Fabs) atingindo um passivo quase bilionário, o vereador defendeu a redução de gastos com pessoal.

“Ninguém vai governar sem funcionários, mas acho que tem que ter equilíbrio, e atualmente há muitos cargos de confiança que não fazem nada. Vamos pegar o exemplo da Defesa Civil, hoje em dia só conta com o coordenador Paulo da Rosa, quando deveria ter uma equipe maior, qualificada, treinada, que possa agir preventivamente, fazer um grande plano de gerenciamento de águas de chuva, drenagem”, afirmou.

Saúde

Outro tema central, segundo Corazza, é a melhoria dos serviços de saúde do município. Usuário do SUS, o pré-candidato defendeu um investimento para melhorar as condições dos postos de saúde. “Fui à UPA no domingo, não estava me sentindo muito bem, e pude ver a grande sobrecarga que existe por lá. Por isso, defendo que temos que manter, no mínimo, dois postos de saúde abertos durante o final de semana. Com isso a gente desafoga a UPA”, sugeriu.

Ainda dentro do tema, Corazza disse apoiar a municipalização plena da saúde em Santo Ângelo. “Essa questão dos postos é uma questão básica, precisamos estrutura a nossa saúde para, depois, criar uma Fundação Municipal de Saúde, que nos dá uma capacidade gerencial muito maior”, disse.

Redação Grupo Sepé


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