Em março deste ano, a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) entregou ao Ministério da Educação projeto de criação do curso de Medicina no Campus Cerro Largo.
Segundo o diretor do Campus, Bruno Wenzel a ideia nasceu em 2023 e passou pela aprovação de quatro instâncias internas. Após a análise preliminar pelo Ministério da Educação, foi instituída uma comissão de acompanhamento e monitoramento de escolas médicas (Camem), que fará visitas in loco a Cerro Largo e outros locais que pleiteiam cursos de Medicina.
“Essa comissão vem e diz o que falta, o que precisamos buscar em termos de infraestrutura e condições de oferta do curso e, assim que tivermos todas essas condições satisfeitas, é que o curso passa efetivamente a ser implementado”, explica Wenzel.
Porém, não nenhum prazo estipulado para a conclusão das análises da comissão. “É um processo que pode levar dois ou dez anos, há vários casos assim no País”, explica o diretor.
A primeira visita da Camem a Cerro Largo estava agendada para a próxima semana, mas o encontro foi realocado para agosto, ainda sem data definida.
“O curso é pensado regionalmente, e funcionará em dois momentos. Um é voltado mais à atenção básica, unidades de saúde e hospitais menores, com a intenção de utilizarmos as estruturas dos municípios menores nos dois primeiros anos. Já o terceiro e quarto anos estaria mais em volta do hospital-escola, que também se utilizaria de estruturas de municípios da região. O importante é a comunidade saber que não se trata de um curso de Cerro Largo, é sim um grande projeto para a nossa região”, frisou o diretor, que também informou de que o Hospital Vida e Saúde, de Santa Rosa, estaria em negociações para ser o hospital-escola do curso público em Cerro Largo.
Atualmente, o campus da UFFS na região não possui estrutura para receber o curso de Medicina. Por isso, o projeto técnico entregue ao MEC prevê uma série de investimentos, que totalizariam R$ 25 milhões. “Laboratórios, equipamentos de laboratórios e dois novos prédios no campus. Precisamos também de um ambulatório novo e um alojamento junto ao hospital-escola, que não seria em Cerro Largo, além da necessidade da contratação de 60 novos professores”, resumiu Bruno Wenzel.
Redação Grupo Sepé