GERAL
12/07/2025 às 08:36 por Redação


Caso Gabriel: três PMS acusados pelo MPRS por matar jovem vão a júri

Caso Gabriel: três PMS acusados pelo MPRS por matar jovem vão a júri

Três policiais militares acusados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) de envolvimento na morte de Gabriel Marques Cavalheiro, 18 anos, irão a júri. A decisão foi proferida no final da tarde de quinta-feira, 10 de julho, pela Vara Criminal de São Gabriel, que pronunciou os réus por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A promotora de Justiça que atua no caso, Maria Fernanda Rabelo Ramalho, diz que, na pronúncia, o Poder Judiciário destacou que a materialidade do crime foi demonstrada por meio de laudos periciais – necroscópico e do local onde o corpo foi encontrado –, mapa anatômico da vítima, ocorrência policial e demais provas técnicas e orais constantes nos autos.

“A sentença de pronúncia é um passo importante, pois confirma a prova já apresentada pelo Ministério Público no processo. Agora os réus serão submetidos ao julgamento pelo Tribunal do Júri, momento em que os jurados poderão apreciar a causa e decidir de acordo com o senso de justiça que certamente existe em nossa sociedade”, afirmou Maria Fernanda Rabelo Ramalho.

O CRIME

Gabriel desapareceu no dia 12 de agosto de 2022 após uma abordagem da Brigada Militar. Após isso, o jovem foi colocado no porta-malas de uma viatura e o corpo dele foi localizado uma semana depois submerso em uma barragem na região, próximo ao local onde os denunciados afirmaram terem deixado o jovem após a abordagem. Logo depois, os PMs foram presos e a perícia apontou que Gabriel morreu após uma hemorragia interna provocada por uma agressão na região do pescoço, além de não haver indícios de afogamento.

Os policiais estão presos preventivamente desde 23 de agosto de 2022. Na Justiça Militar, em julho de 2023, um dos policiais foi condenado a um ano de prisão por falsidade ideológica e os outros dois PMs foram absolvidos. Em relação à ocultação de cadáver, os três receberam absolvição.

Texto: Assessoria do Ministério Público do RS


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